domingo, 15 de novembro de 2009

Uma viagem pelo chá como mecanismo de comunicação

Uma viagem pelo chá como mecanismo de comunicação
Ex. Mo Grão Mestre Sinense e caro amigo José Rebelo,
Excelências
Quero em primeiro lugar agradecer o convite da Confraria Atlântica do Chá para partilhar convosco algumas reflexões sobre o chá e o mundo, convite que muito me honra.
De acordo com o consenso formado no Ocidente (1), foi com o “Tratado das Coisas da China” do dominicano Frei Gaspar da Cruz publicado quando da sua morte em 1570 – em larga medida uma compilação de um grande número de relatórios e notas de viagens portuguesas de quinhentos – que se formalizou o conhecimento europeu da importância do chá na cultura chinesa.
No mais citado testemunho que Frei Gaspar da Cruz nos deixa, afirma-se:

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Jornalismo de encomenda

Jornalismo de encomenda

Dez de Novembro. Estou no avião de partida de Ponta Delgada quando o meu companheiro do lado me chama a atenção para a página 24 do jornal “Correio da Manhã” onde, por cima da minha fotografia se titula a letras garrafais: “Paulo Casaca recebe subsídio de 53.412 Euros”.
Trata-se de uma invenção, porque não recebi nenhum subsídio de 53.412 Euros, mas tão só o reconhecimento do direito, se e enquanto estiver sem ser colocado no Estado até a um período máximo de 14 meses, receber uma subvenção mensal equivalente à do salário do deputado, o que é substancialmente diverso.

Ao Director do Correio da Manhã

Exmo. Senhor Octávio Ribeiro
Director do Correio da Manhã
Av. João Crisóstomo, 72
P-1069-043 Lisboa

Ao abrigo do número 1 do artigo 24 da Lei de Imprensa, venho por este meio solicitar a V.ªE.ª a rectificação do artigo publicado na página 24 do seu jornal da autoria de António Sérgio Azenha.
1. Contrariamente ao publicitado pelo seu jornal, não recebi 53.412 Euros da Assembleia da República. Tenho o direito a receber um salário mensal de deputado a partir do passado mês de Outubro durante um período máximo de 14 meses, caso não venha a trabalhar para o sector público entretanto, o que é algo totalmente diverso.

Ao Presidente da Assembleia da República

Sua Excelência
O Presidente da Assembleia da República
Dr. Jaime Gama

O jornal “Correio da Manhã” do dia 10 de Novembro de 2009 publica um artigo profundamente ofensivo do meu bom-nome no qual afirma que a Assembleia da República me pagou 53.412 Euros a título de subvenção de reintegração e sugere que apenas dois deputados – entre os quais eu – teriam requerido a aplicação da Lei 4/85 no final da sua actividade política parlamentar.
Nestas circunstâncias gostaria de solicitar ao senhor Presidente da Assembleia da República que confirmasse se esse órgão me pagou 53.412 Euros ao abrigo dessa lei e que tornasse público quantos dos senhores deputados a que a Lei 4/85 se pode aplicar, e que cessaram funções públicas em Julho de 2009, solicitaram a sua aplicação.
Embora a Lei 4/85 apenas se aplique a partir de Janeiro aos senhores deputados que cessaram funções públicas em Outubro, muito lhe agradeceria caso possa informar-me se existem já pedidos de aplicação dessa lei actualmente.

Com os melhores cumprimentos,

Bruxelas, 2009-11-10
(Paulo Casaca)